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Na atual área geográfica da Diocese de Diamantino já se manifestou uma longa e rica história da ação missionária da Igreja. Aqui salientamos alguns aspectos históricos deste processo missionário.
1. Povoamento e economia
O início de Diamantino se deve à exploração do ouro e do diamante nesta região, ocorrida a partir de 18 de setembro de 1728. O bandeirante Gabriel Antunes Maciel, de Sorocaba – SP, veio para esta região movido pelo alcance da lendária “Martírios”. Dada a abundância de ouro e diamante, muitos escravos eram trazidos para o serviço pesado no garimpo.
Ainda sob o efeito do Padroado português (1719-1889), em que a Igreja era a única religião oficial do país, criou-se a paróquia de Diamantino em 1811. A atual edificação da Igreja Matriz é datada no ano de 1818. Em 1872, após o trágico assassínio do Padre Domingos Tanganelli, a paróquia de Diamantino ficou sem pároco residente até o ano de 1930. Os serviços religiosos eram prestados pelos padres de Cuiabá e, mais tarde, de Rosário Oeste.
Ao longo dos seus 294 anos, Diamantino sofreu muitas mutações econômicas. Primeiramente esteve ligada à extração do ouro e diamante, depois à exploração da borracha, em seguida da poaia, da madeira e, mais recentemente, o desenvolvimento da pecuária, suinocultura, avicultura e agricultura.
2. Criação da Prelazia de Diamantino
Em 1929, o Papa Pio XI confiou à Companhia de Jesus a Prelazia de Diamantino com a bula Cura Universae Ecclesia. Na época, a vila de Diamantino contava com pouco mais de 400 habitantes. A população de brancos em todo o território era de aproximadamente 1000 habitantes brancos e 5000 índios das mais variadas etnias,
A companhia de Jesus estabeleceu-se em Diamantino em abril 1930. Foram os primeiros missionários Ir. Oswaldo Dall’Agnollo, Pe. José Matreni e Pe. João Batista Du Drenéuf, este último sendo constituído o primeiro Administrador Apostólico.
A partir de então, os Jesuítas desenvolveram atividades missionárias em diversas frentes. Primeiramente, na vila de Diamantino; em seguida, junto aos povos indígenas. Foi edificada uma sede de missão indígena nas margens do rio Juruena, em Mangabal. Esta sede foi, posteriormente, transferida para Utiariti, região de terras mais férteis. Juntamente com as Irmãzinhas da Imaculada Conceição, que chegaram em Diamantino em 1934, os Jesuítas foram se aproximando dos povos Iranxe, Nhambiquada, Beiço-de-Pau, Paresi, Rikbatsa, Salumã, Bakairi, entre outros.
Concomitante ao atendimento missionário aos indígenas, eram desenvolvidos, também, os trabalhos pastorais na vasta extensão dos municípios de Rosário Oeste, Nobres, Alto Paraguai, Nortelândia, Arenápolis e regiões de garimpo, bem como nos sítios e fazendas da região. O povo branco, na maior parte, era constituído de proprietários de sesmarias, de criadores de gado, de pequenos agricultores e de uma população flutuante de seringueiros e garimpeiros.
Posteriormente chegaram à Diocese as Irmãs da Divina Providência (1963), os Padres Combonianos (1975), Irmãs Carmelitas de Vedruna (1975), Padres da Diocese de Santa Cruz do Sul- RS (1983), Frades Capuchinhos (1987), Irmãs Apóstolas do Sagrado Coração (1989), Padres da Diocese de Jacarezinho (1995), Dehonianos (1995), Irmãs Discípulas do Divino Pastor (2000), Servas do Espírito Santo (2001), Irmãos Lassalistas (2007) e Irmãs Capuchinhas de Rubato (2009).
3. Criação da Diocese e Paróquias
O Administrador Apostólico Pe. João Batista Du Drenéuf SJ faleceu em 1948 e foi sepultado na parede lateral da Igreja matriz Imaculada Conceição. Em seu lugar assumiu como Administrador Apostólico o Pe. Alonso Silveira de Mello SJ e, em 1955, este foi constituído o primeiro Bispo da Prelazia de Diamantino, mediante a Bula Dilecto Filio Alphonso.
Dom Alonso criou as paróquias de Alto Paraguai (1953), Arenápolis (1957), Nortelândia (1962) e as reitorias de Porto dos Gaúchos, Paranatinga e Tangará da Serra (em 1968). Após completar seu tempo de episcopado, Dom Alonso foi sucedido por Dom Henrique Froehlich SJ (1971) e este criou as paróquias de São José do Rio Claro (1975), Denise (1977) e Santo Afonso (1980).
Aos 16 de outubro de 1979 a Prelazia de Diamantino foi elevada ao grau de Diocese, sendo seu primeiro Bispo Dom Henrique Froehlich SJ.
Em 06 de fevereiro de 1982 foi criada a Diocese de Sinop, desmembrada da Diocese de Diamantino. Dom Henrique foi nomeado o primeiro bispo da nova Diocese. Foi nomeado para Bispo de Diamantino Dom Agostinho Kist SJ. Este, em 1983 criou a paróquia de Lucas do Rio Verde, em 1984 a paróquia de Nova Mutum, e em 1989 as paróquias de Brasnorte, Tapurah e Campo Novo do Parecis.
Em 1998, após Dom Agostinho apresentar a renúncia ao governo pastoral da Diocese, Dom Canísio Klaus tomou posse como terceiro bispo da Diocese de Diamantino. Em 1999 Dom Canísio criou a paróquia de Sapezal e, em 2000, instituiu o Seminário Menor “Jesus, o Bom Pastor”, no antigo seminário “Jesus Maria e José”, dos Jesuítas.
Com a transferência de Dom Canísio para a Diocese de Santa Cruz do Sul, aos 23 de fevereiro de 2012, tomou posse da Diocese de Diamantino, como quarto bispo, Dom Vital Chitolina, SCJ. Dom Vital instalou as paróquias de Itanhangá (2012), Nova Maringá (2013), Santa Rita do Trivelato (2013), Santa Terezinha de Tangará da Serra (2015), Rosa Mística de Lucas do Rio Verde (2019) e Santa Teresinha de Nova Mutum (2022).